Portugal. Bom destino para investir?
Não tem tempo para ler? Agora pode ouvir.
A resposta é um inevitável: sim!
Portugal tem feito uma trajetória admirável na captação de investimento estrangeiro. Num curto espaço de tempo consegue recuperar o grande atraso económico que existia comparativamente a outros países da Europa. Empresas de renome como a Google, a Microsoft, a Cisco, a Repsol, a PSA/Stellantis, são exemplo da capacidade de atrair investimento em Portugal.
A AICEP, em 2021, bate o recorde de investimento apoiado (2,7 mil milhões de euros) — o que acontece pela terceira vez em quatro anos. Em 2020, Portugal entrou, pela primeira vez, para o top 10 do ranking das economias da União Europeia que mais captam projetos de investimento direto estrangeiro.
A razão para tal capacidade aprazível de investimento, reside em características como a localização geográfica, a segurança, a qualidade das instituições e dos recursos humanos, entre outros fatores muito marcantes que identificam a vivência num país europeu. Se considerarmos investir em Portugal, poderemos pensar na rentabilidade, num contexto institucional (das administrações públicas e envolvente empresarial) que são estáveis, assim como é estável o Estado de Direito/Governo em Portugal. Não existe uma preocupação na concretização de golpes de estado, guerras ou bancarrotas.
Portugal assume-se como um país estável, com um bom mercado onde existem incentivos fiscais vantajosos e o custo de vida encontra-se entre os mais baixos da União Europeia. Se considerarmos o risco financeiro, este não é relevante, uma vez que as taxas de juros são controladas pelo Banco Central Europeu, por exemplo.
A nível de localização, ainda hoje esta é considerada como um primeiro plano para os investidores internacionais. As oportunidades imobiliárias existem num mercado imobiliário muito dinâmico, nestes últimos anos, e com importantes mais-valias potenciais. Portugal é um destino com forte atratividade no campo do turismo e turismo residencial, e em consequência, um mercado de arrendamento e de venda de segundas residências muito ativo. Porém, este mercado não é só atrativo em situações de férias, mas também é um mercado de arrendamento interessante devido aos constantes recém-chegados que são atraídos pelo país, à procura de melhores condições de vida, mais segurança e uma entrada para a Europa, entre outras.
O imobiliário português registou, ao longo dos últimos 20 anos, um grande desenvolvimento, quer pela qualidade de projeto e da construção que é cada vez mais sustentável, quer pela evolução do poder de compra. Portugal é reconhecido internacionalmente pela qualidade do trabalho dos seus arquitetos. São disso prova os dois Prêmios Pritzker já atribuídos aos arquitetos Eduardo Souto Mouta e Álvaro Siza Vieira. Por outro lado, preços bastante atrativos fazem do imobiliário em Portugal um setor competitivo e confiável.
Mas, ainda assim, o imobiliário português não registou um crescimento exagerado, como aconteceu noutros países da Europa. Em Portugal, o número de novas construções manteve-se a par das respetivas vendas. Nos últimos dois anos, verificou-se uma retoma da procura que, além de assegurar o escoamento da panóplia existente, tem feito subir o índice de preços.
O imobiliário português é, assim, um porto seguro para o investimento interno e externo e todos os dados apresentados contrariam a existência, em Portugal, de uma bolha imobiliária. Assim como o potencial de crescimento dos valores por metro quadrado, comparando produtos com características idênticas, sobretudo com localizações do mesmo nível de status. Só por si, este fato é prova de que existem condições competitivas para o investimento no setor.
Existem também incentivos, isenções de impostos e benefícios fiscais no setor imobiliário que atraem cerca de dois mil milhões de euros por ano, e transformam a habitação num investimento apetecível para grandes fortunas, fundos de pensões estrangeiros e bancos. No entanto, este poderá ser um valor extremamente conservador, uma vez que compara os impostos cobrados pelo Estado aos fundos com a média de IRC — Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas — das empresas e não com a totalidade da carga fiscal que estas pagam, que é muito superior.
Investir em imóveis é uma das formas mais seguras de investimento, mais rentável e com menos oscilações comparado a outros tipos de investimentos, como a bolsa, por exemplo. Além dos investidores poderem contar com uma renda mensal, podem encontrar um fluxo previsível de renda e proteção de capital. Existe, também, uma cobertura perante a inflação, pois quando a economia cresce, consequentemente a demanda por imóveis aumenta, influenciando no aumento dos arrendamentos. Assim, a inflação não é uma ameaça, com o poder de compra dos imóveis cada vez mais valorizado.
Um imóvel pode oferecer muitos benefícios fiscais para o investidor, como por exemplo: deduções fiscais em impostos sobre a propriedade, depreciação, seguro, hipoteca, juros, entre outros instrumentos existentes no mercado.
Para além de tudo isto, Portugal tem uma excelente localização geográfica. Na convergência de três continentes — Europa, África e América foi desde sempre um ponto central nas mais importantes rotas internacionais. Aqui poderemos encontrar aeroportos internacionais no Norte, Centro e Sul do país, com ligações regulares para todo o mundo. Lisboa, por exemplo, fica a apenas duas horas e meia de avião de Paris ou de Londres.
Quanto ao clima de Portugal, os invernos são cada vez mais suaves e os verões são quentes. A nível de curiosidade, o número de horas de sol chega a atingir 3.300 no sul do país e 1.600 no norte, um dos valores mais altos da Europa.